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7 de novembro de 2011

SONO LEVE...


Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro. Como minha casa é muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado mas é claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranqüilamente.
 
Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço.
 
Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.
 
Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma:
 
- Olá, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. Putz cara, o tiro fez um estrago danado no cara!
 
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate , uma equipe de TV e turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.
 
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.
 
No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
 
- Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
 
Eu respondi:
 
- Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.


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